quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Un-Girl


Ela é estranha.Por vezes, arrogante. Ela vai às festas e dança para ela mesma, sem se importar com o que os outros vão dizer. Ela não segue a moda. Confortável em seu all star velho e batido, ela caminha desengonçada, pega mais uma garrafa de ice e se embebeda de solidão. Não é solitária por que faltam pessoas ao redor; pessoas ao seu redor sobram. É solitária porque vive em seu próprio mundo.
  Ela não acorda dia nenhum; Vive de sonhos. Ela é tão ela e mesmo assim não sabe direito o que isso quer dizer. Ama os amigos por que eles não a entendem. Porque se entenderem, não são amigos. Nem ela mesma se entende, e ela é... Bem, ela é ela mesma. Então ela não se engana: se alguém diz que a entende, então está mentindo, e se mente, não é amigo.
  Ela não gosta de ilusões. As ilusões é que gostam dela. Se alguém diz que a ama, então ela acredita. Mesmo que depois o seu coração vá doer para diabo porque ela acreditou numa mentira descarada. Mas o que é alguém sem dor? Certamente não é humano. E ela nem é dessas garotas românticas. Se orgulha de não chorar depois de nenhum filme. E de não ficar esperando na janela alguém que não vai chegar. Ela é realista, racional. Ela é tudo isso. Mas é uma garota. E garotas precisam de amor. E ela precisa do seu, ardentemente.

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