domingo, 25 de dezembro de 2011

Odeio tanto.



Esse teu jeito não romântico me frusta de uma forma tão louca, que você nem imagina. Essa mania de ser quase o homem perfeito, dando boa noite toda santa madrugada e me colocando para dormir com o conforto de acreditar que você pensa em mim sempre. Esse te amo que queria tanto que seus olhos nos meus olhos dissessem. Mas que tua boca insiste em esconder. Eu sou apenas uma romântica levemente dramática, eu sei. Sou exigente. Quero um eu te amo todo dia, em intervalos regulares. E beijos em intervalos não tão regulares assim. Quero você, mas você completo, dos pés à cabeça, dos carinhos aos filmes juntos, às surpresas de aparecer lá em casa sem avisar.
E o mais engraçado é que... Eu amo isso. Amo esse teu "vou aparecer por aí, tá em casa? Posso ir?" esse "boa noite, beijo." Você é meu erro de gramática. E olha que sou paranóica com essa coisa de escrever tudo certinho. Um erro que quero repetir para sempre e sempre. Um erro que leva a um acerto. Não dizem que é preciso errar para aprender? Eu aprendi a te amar desse meu jeito estranho. 
E eu odeio tanto ser desse meu jeito. Ando ultimamente culpando todos os romances e todas comédias romanticas. Droga produtores, caras perfeitos assim não existem. Parem de me iludir e me deixem viver meu "felizes por enquanto". Vocês me  transformaram num monstro. Droga, Romeu, porque Shakeaspeare criou você para atormentar minhas expectativas de homem perfeito? E nem vou falar de você, Jack. Eu não me conformo até hoje de você ter morrido na água gelada só para manter a Rose viva. Talvez tudo isso seja tão século XIX... Mas o romance nunca vai morrer. E eu vou sempre esperar e esperar mais. Mas tudo é ambição mesmo. Meu necessário é você, meu amor. O resto, todo o resto, é superflúo. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

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                             Vamos brincar de uma coisa?
Você finge que se preocupa comigo, e eu finjo que me importo com isso.

sábado, 10 de dezembro de 2011

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 Mas se é para falar de amor, vamos falar do verdadeiro. Vamos parar de fazer joguinhos sem sentido, parar de falar em distância quando ela não existe senão por nossa causa. E se é para amar mesmo, que seja plenamente. Se é para se entregar, vamos nos entregar totalmente. Porque em partes é idiotice.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Essa ligeira distância entre nós

 
 A distância não deveria existir. Deveria existir um eu e um você juntos por um tempo chamado sempre. Deveria existir um jeito de você saber, mesmo que inconscientemente, que penso em você, e que sinto sua falta. Que tudo que passamos juntos e que me dá tanto medo, estou me corroendo para ter de volta. E tudo parece tão bobo. Mas bobagem não deveria existir. Deveria existir é um eu beijando um você agora, com todos os pequenos e esquecidos detalhes. E o medo não deveria existir. Deveria existir um você, no tempo agora, me dizendo que tudo vai dar certo e que a gente vai dar um jeito. Deveria existir uma visita inesperada sua e um contentamento interior meu que contos de fadas realmente existem e que tola eu fui de duvidar deles. Mas o que existe é a insegurança, aquilo que chega aos seus olhos como ciúme. Existe o não saber do futuro e existe a saudade, toda que é possível caber num peito encostado numa cama de alguém com insônia e que só quer relaxar e conseguir enfim sonhar. De preferência com você. E deveria existir um você perfeito, que soubesse cuidar e acalmar e proteger. Mas por alguma razão, esse insano eu ama esse você sem jeito. Deveria existir um você me deixando escutar seu coração me convencendo que ele é genuinamente meu, qualquer que seja a distância entre nós. Que droga, a distância realmente não deveria existir.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

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Sabe aquela garota sentada no canto, quieta e solitária?
 Ela não é assim.
Ela só está esperando que você a tire desse mundinho só dela.
E você quer saber de uma coisa?
Ela tá pouco se lixando para a sua insegurança.