Esse teu jeito não romântico me frusta de uma forma tão louca, que você nem imagina. Essa mania de ser quase o homem perfeito, dando boa noite toda santa madrugada e me colocando para dormir com o conforto de acreditar que você pensa em mim sempre. Esse te amo que queria tanto que seus olhos nos meus olhos dissessem. Mas que tua boca insiste em esconder. Eu sou apenas uma romântica levemente dramática, eu sei. Sou exigente. Quero um eu te amo todo dia, em intervalos regulares. E beijos em intervalos não tão regulares assim. Quero você, mas você completo, dos pés à cabeça, dos carinhos aos filmes juntos, às surpresas de aparecer lá em casa sem avisar.
E o mais engraçado é que... Eu amo isso. Amo esse teu "vou aparecer por aí, tá em casa? Posso ir?" esse "boa noite, beijo." Você é meu erro de gramática. E olha que sou paranóica com essa coisa de escrever tudo certinho. Um erro que quero repetir para sempre e sempre. Um erro que leva a um acerto. Não dizem que é preciso errar para aprender? Eu aprendi a te amar desse meu jeito estranho.
E eu odeio tanto ser desse meu jeito. Ando ultimamente culpando todos os romances e todas comédias romanticas. Droga produtores, caras perfeitos assim não existem. Parem de me iludir e me deixem viver meu "felizes por enquanto". Vocês me transformaram num monstro. Droga, Romeu, porque Shakeaspeare criou você para atormentar minhas expectativas de homem perfeito? E nem vou falar de você, Jack. Eu não me conformo até hoje de você ter morrido na água gelada só para manter a Rose viva. Talvez tudo isso seja tão século XIX... Mas o romance nunca vai morrer. E eu vou sempre esperar e esperar mais. Mas tudo é ambição mesmo. Meu necessário é você, meu amor. O resto, todo o resto, é superflúo.